A noite é uma poesia

por Michelle Sill

Curto conto do falso sonho





Quando ouvi as batidas do bumbo na entrada da cidade, senti o cheiro do novo poluido, me vi despida no sereno do meio dia em constante movimento exacerbado.
Os mapas, os ventos, todas as sensações variadas, delicias monoteístas que monitoravam como grande olho espião. Todas as cores, cabelos e portais, apressados rostos entediados buscando por informação. Cidade-pecado, pesada população.
Eu vi e juro, foi como hoje, senti somente a tinta se aproximar e pintar o quadro perfeito da falsa criação, então sendo eu procurada corria, eu ainda não era nada com meu spray de pimenta na mão, os quadros um a um me seguiam...
Então, desencontrada, montada numa bicicleta e de meias listradas na noite me achava, vestida de festa me adaptava a situação, brilhava nas luzes que me cegavam, porém tranquilamente até ao nascer do dia quando  me procurava no espelho e já não mais me via.

0 O povo fala:

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